21 de agosto de 2009

Vale a pena investir em inovação e design?

Todos os empresários, cedo ou tarde se perguntam: Vale mesmo a pena investir tempo e recursos (cada vez mais escassos) em design e inovação, para criar novos produtos ou serviços? Não seria muito mais prático e econômico copiar os produtos que já deram certo?

Quem cópia pode conseguir, no máximo, satisfazer aqueles que não conseguem comprar o produto original, seja pela dificuldade de acesso (que hoje com a globalização do mercado não se justifica mais), seja pelo preço mais elevado, que obriga a quem cópia fazer muito mais barato.

Investir em design realmente é uma decisão de risco. Como qualquer investimento para se criar algo novo existe sempre a possibilidade de não se alcançar o êxito sonhado. Porém copiar também não é garantia de sucesso além de ser ilegal e antiético. Copiar pode ser um barato que sai caro, sobretudo se a empresa tiver de responder a um processo por plágio.

Apesar disso a maioria das empresas brasileiras ainda prefere o caminho da cópia e da adoção de estratégias reativas baseadas no corte de custos e no enxugamento de despesas para poder seguir os líderes.

Mas, pelos resultados de uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Pesquisas Econômicas - IPEA, junto a mais de setenta mil empresas, com mais de dez empregados, essa visão pode mudar, pois conseguiram comprovar que quem investe em inovação tem 16 vezes mais chances de exportar.
Esta pesquisa, desenvolvida através de um convênio entre o IPEA e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, o Ministério do Trabalho, a Secretaria de Comércio Exterior - SECEX do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e o Banco Central, apresenta informações surpreendentes e que muito contribuirão para a formação de uma consciência critica sobre a importância de investir em inovação e design.

Um dado importante revelado nesta pesquisa é que apenas 1,7% das empresas brasileiras (1.119) investem sistematicamente em inovação. Na Dinamarca, Bélgica e Holanda este percentual varia entre 50% e 60%.
Estas (poucas) empresas são responsáveis por 25,9% do faturamento industrial do Brasil e por 13,2% dos empregos gerados. Seus funcionários recebem um salário médio mensal de R$ 1.254,64, 23% a mais do que os trabalhadores de firmas que não diferenciam seus produtos e 11% a mais do que os das empresas especializadas em produtos padronizados. O estudo constata que as empresas inovadoras geram empregos de melhor qualidade, mais estáveis, e que seus funcionários têm escolaridade média maior.

Para aqueles que pensam que investir em inovação é um gasto muito elevado (e não um investimento) vale observar que estes recursos aplicados representam apenas 0,62% do faturamento das empresas, em um volume total de R$1,7 bilhões em 2004.

Os dados levantados mostram que a produção das firmas que inovam e diferenciam produtos é significativamente maior do que nas demais categorias. O faturamento médio dessas empresas é de R$ 135,5 milhões, contra R$ 25,7 milhões nas firmas especializadas em produtos padronizados e R$ 1,3 milhão entre aquelas que não diferenciam produtos e têm produtividade menor.

Estes são os dados mais contundentes jamais revelados por uma pesquisa sobre inovação tecnológica, servindo para provar a importância da inovação (e do design) para o incremento da competitividade.
O Ministro da Indústria e Comércio, presente ao evento de lançamento dos resultados deste trabalho no dia 08 de junho de 2006, afirmou que esta pesquisa foi realizada em um momento oportuno no qual se discutem estratégias para o desenvolvimento do país. "Isso passa pela inovação, pela tecnologia, pela criação de valor. Precisamos de produtos e serviços que transmitam emoção", disse, explicando que o Brasil precisa ser reconhecido por fazer produtos que sejam diferenciados e atrativos para os consumidores. "Essa diferenciação pode vir em produtos comuns. Um exemplo é o caso das sandálias havaianas (um produto clássico brasileiro), que passaram por um reposicionamento, tornando-se um produto de grande valor simbólico, fazendo-o sair da base de US$ 2 para US$ 15."

A importância do design e da inovação já vem sendo preocupação do governo brasileiro desde a década de setenta e ainda mais contundente com a criação do Programa Brasileiro de Design – PBD em fevereiro de 1995 e do Via Design, pelo SEBRAE em 1999.

A necessidade permanente em inovar, diversificando e desenvolvendo novos produtos e serviços, com qualidade e adoção de tecnologias avançadas, é indispensável para assegurar elevados níveis de eficiência, produtividade e competitividade nas empresas, independente de seu ramo ou de seu porte.

Isso implica na gestão dos conhecimentos e na capacitação contínua e interativa, passo mais importante para o desenvolvimento da inovação tecnológica.

A proximidade entre os conceitos de inovação e design contribui para algumas confusões.

Inovação tem sido entendida como a introdução no mercado de um produto ou processo inédito ou com mudanças substanciais em suas características principais. Existe também a inovação gerencial ou organizacional que trata da mudança das práticas e serviços oferecidos por uma empresa e que alteram sua posição no mercado.

Já o termo design em uma livre tradução do inglês significa projeto. E projeto significa, em síntese, um conjunto de atividades ordenadas, com prazos e custos determinados, cujo resultado final é algo que até então não existia. Os conceitos de design e de projeto pressupõem a inovação como uma condição intrínseca.

A grande dúvida das empresas costuma ser: Como e quando inovar? Como, tentaremos responder nos próximos artigos. Já a dúvida de QUANDO a resposta deveria ser: Sempre! Corroborando esta afirmação vale lembrar as palavras de Tom Peters: “Design é parte do esforço para o desenvolvimento de cada produto ou serviço..desde o início...não como uma reflexão tardia.”

Os especialistas sempre alertaram que empresa deve saber a hora de retirar um produto do mercado e substituí-lo por outro, antes que a concorrência o faça.

Este momento não necessita (e nem deve) esperar que um produto chegue à fase de obsolescência para que os esforços de substituição sejam iniciados. Quando um produto alcança sua maturidade no mercado, outros já deveriam devem ter sido desenvolvidos e prontos para serem lançados. Deste modo quando um produto entrar em sua fase de declínio e com isso o fluxo de caixa diminuir, outros produtos já estarão na seqüência para substituí-lo.

Isso significa dizer que investir em inovação e design não deve ser uma atitude episódica, mas uma ação constante e continuada.

Todos os empresários, cedo ou tarde se perguntam: Vale mesmo a pena investir tempo e recursos (cada vez mais escassos) em design e inovação, para criar novos produtos ou serviços? Não seria muito mais prático e econômico copiar os produtos que já deram certo?

Quem cópia pode conseguir, no máximo, satisfazer aqueles que não conseguem comprar o produto original, seja pela dificuldade de acesso (que hoje com a globalização do mercado não se justifica mais), seja pelo preço mais elevado, que obriga a quem cópia fazer muito mais barato.

Investir em design realmente é uma decisão de risco. Como qualquer investimento para se criar algo novo existe sempre a possibilidade de não se alcançar o êxito sonhado. Porém copiar também não é garantia de sucesso além de ser ilegal e antiético. Copiar pode ser um barato que sai caro, sobretudo se a empresa tiver de responder a um processo por plágio.

Apesar disso a maioria das empresas brasileiras ainda prefere o caminho da cópia e da adoção de estratégias reativas baseadas no corte de custos e no enxugamento de despesas para poder seguir os líderes.

Mas, pelos resultados de uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Pesquisas Econômicas - IPEA, junto a mais de setenta mil empresas, com mais de dez empregados, essa visão pode mudar, pois conseguiram comprovar que quem investe em inovação tem 16 vezes mais chances de exportar.
Esta pesquisa, desenvolvida através de um convênio entre o IPEA e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, o Ministério do Trabalho, a Secretaria de Comércio Exterior - SECEX do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e o Banco Central, apresenta informações surpreendentes e que muito contribuirão para a formação de uma consciência critica sobre a importância de investir em inovação e design.

Um dado importante revelado nesta pesquisa é que apenas 1,7% das empresas brasileiras (1.119) investem sistematicamente em inovação. Na Dinamarca, Bélgica e Holanda este percentual varia entre 50% e 60%.
Estas (poucas) empresas são responsáveis por 25,9% do faturamento industrial do Brasil e por 13,2% dos empregos gerados. Seus funcionários recebem um salário médio mensal de R$ 1.254,64, 23% a mais do que os trabalhadores de firmas que não diferenciam seus produtos e 11% a mais do que os das empresas especializadas em produtos padronizados. O estudo constata que as empresas inovadoras geram empregos de melhor qualidade, mais estáveis, e que seus funcionários têm escolaridade média maior.

Para aqueles que pensam que investir em inovação é um gasto muito elevado (e não um investimento) vale observar que estes recursos aplicados representam apenas 0,62% do faturamento das empresas, em um volume total de R$1,7 bilhões em 2004.

Os dados levantados mostram que a produção das firmas que inovam e diferenciam produtos é significativamente maior do que nas demais categorias. O faturamento médio dessas empresas é de R$ 135,5 milhões, contra R$ 25,7 milhões nas firmas especializadas em produtos padronizados e R$ 1,3 milhão entre aquelas que não diferenciam produtos e têm produtividade menor.

Estes são os dados mais contundentes jamais revelados por uma pesquisa sobre inovação tecnológica, servindo para provar a importância da inovação (e do design) para o incremento da competitividade.
O Ministro da Indústria e Comércio, presente ao evento de lançamento dos resultados deste trabalho no dia 08 de junho de 2006, afirmou que esta pesquisa foi realizada em um momento oportuno no qual se discutem estratégias para o desenvolvimento do país. "Isso passa pela inovação, pela tecnologia, pela criação de valor. Precisamos de produtos e serviços que transmitam emoção", disse, explicando que o Brasil precisa ser reconhecido por fazer produtos que sejam diferenciados e atrativos para os consumidores. "Essa diferenciação pode vir em produtos comuns. Um exemplo é o caso das sandálias havaianas (um produto clássico brasileiro), que passaram por um reposicionamento, tornando-se um produto de grande valor simbólico, fazendo-o sair da base de US$ 2 para US$ 15."

A importância do design e da inovação já vem sendo preocupação do governo brasileiro desde a década de setenta e ainda mais contundente com a criação do Programa Brasileiro de Design – PBD em fevereiro de 1995 e do Via Design, pelo SEBRAE em 1999.

A necessidade permanente em inovar, diversificando e desenvolvendo novos produtos e serviços, com qualidade e adoção de tecnologias avançadas, é indispensável para assegurar elevados níveis de eficiência, produtividade e competitividade nas empresas, independente de seu ramo ou de seu porte.

Isso implica na gestão dos conhecimentos e na capacitação contínua e interativa, passo mais importante para o desenvolvimento da inovação tecnológica.

A proximidade entre os conceitos de inovação e design contribui para algumas confusões.

Inovação tem sido entendida como a introdução no mercado de um produto ou processo inédito ou com mudanças substanciais em suas características principais. Existe também a inovação gerencial ou organizacional que trata da mudança das práticas e serviços oferecidos por uma empresa e que alteram sua posição no mercado.

Já o termo design em uma livre tradução do inglês significa projeto. E projeto significa, em síntese, um conjunto de atividades ordenadas, com prazos e custos determinados, cujo resultado final é algo que até então não existia. Os conceitos de design e de projeto pressupõem a inovação como uma condição intrínseca.

A grande dúvida das empresas costuma ser: Como e quando inovar? Como, tentaremos responder nos próximos artigos. Já a dúvida de QUANDO a resposta deveria ser: Sempre! Corroborando esta afirmação vale lembrar as palavras de Tom Peters: “Design é parte do esforço para o desenvolvimento de cada produto ou serviço..desde o início...não como uma reflexão tardia.”

Os especialistas sempre alertaram que empresa deve saber a hora de retirar um produto do mercado e substituí-lo por outro, antes que a concorrência o faça.

Este momento não necessita (e nem deve) esperar que um produto chegue à fase de obsolescência para que os esforços de substituição sejam iniciados. Quando um produto alcança sua maturidade no mercado, outros já deveriam devem ter sido desenvolvidos e prontos para serem lançados. Deste modo quando um produto entrar em sua fase de declínio e com isso o fluxo de caixa diminuir, outros produtos já estarão na seqüência para substituí-lo.

Isso significa dizer que investir em inovação e design não deve ser uma atitude episódica, mas uma ação constante e continuada.

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