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6 de outubro de 2011

O Design e as tabelas nutricionais


Vivemos em uma Aldeia Global como antevia Marshall MacLuhan nos anos setenta.
Temos hoje a disposição um universo jamais imaginado de informação disponível em tempo real, ao simples toque de um dedo. O Google como ferramenta eletrônica de buscas na internet é hoje uma espécie de “oráculo” devido a sua infinita capacidade de processamento de informações digitais com razoável grau de confiabilidade. O tradutor automático de línguas estrangeiras, inclusive com reconhecimento de voz, já é uma realidade.

Todas estas novas invenções do gênio humano criaram na prática essa aldeia global. Principio da mudança, a mais profunda, na história da humanidade, cuja dimensão mal se consegue hoje imaginar. A idéia decorre do progresso tecnológico reduzindo o mundo à dimensão de uma aldeia onde todos se comunicam com todos, eliminam-se as distâncias e barreiras, e se multiplica exponencialmente o poder do índivíduo.

Os sinais desta mudança no curso da história já são percebidos. No Oriente Médio as revoluções recentes nasceram do twitter. Os internautas de todo o mundo descobriram o poder de sua voz e com isso emerge um sentimento de cidadania global. Quando se rompem as barreiras da comunicação às mudanças sociais surgem como conseqüência. Os indivíduos passam a exigir seus direitos, dentre eles o direito de segurança, sobretudo aquela que privilegie a vida ao invés da propriedade.

A necessidade de comunicação é uma característica nata do ser humano, que desde as cavernas da pré-história deixa as marcas de seus ritos de passagens, cujos significados perderam-se no tempo. Na ausência de uma linguagem escrita nossos ancestrais se valiam de símbolos para expressar e transmitir aos demais seus propósitos ou feitos. Formas geométricas, orgânicas, antropomorfas ou zoomorfas deixaram indícios, mas não certezas sobre seus significados.

Nas sociedades mais desenvolvidas os símbolos fazem parte de sua cultural e representam um conceito, sem a precisão da palavra escrita. A presença ostensiva destes símbolos possui significado e valor. A força de uma imagem, impregnada na memória das pessoas, é a certeza de seu poder de comunicação. Da cruz do Cristianismo a suástica do Nazismo como exemplos diametralmente opostos de credos e intenções, a sociedade foi construindo no imaginário coletivo uma linguagem universal.

Em qualquer país o desenho de uma caveira representa a morte, mesmo que seja como uma broma mexicana, assim como o desenho de um raio como símbolo da eletricidade, são exemplos clássicos da capacidade da comunicação não verbal para expressar o perigo.

Os avanços científicos que permitiram a possibilidade de divisão do átomo, criando a energia atômica obrigaram a criação de um pictograma como o símbolo da radioatividade, de compulsório uso universal, constituído de três segmentos de um círculo.

O vermelho, amarelo e verde nos semáforos de todo o mundo parte desta necessidade de uma informação inequívoca relacionada a preservação da vida.

O mesmo esforço fazem os aeroportos de todo o mundo, buscando adotar a mesma iconografia básica, construindo-se aos poucos um repertório visual-simbólico universal

Em breve a sociedade começará a exigir, por meio de seu maior instrumento que é o poder de compra, que os produtos alimentícios industrializados tenham informações claras e compreensíveis sobre seus possíveis efeitos no organismo humano.

Um saquinho de batatas fritas ou de pipocas teria estampando em sua embalagem ícones representando gordinhos cuja tamanho ou quantidade repetida do icone seria proporcional a taxa de gordura saturada encontrada no produto. Corações riscados ao meio como sugestão de elemento gráfico indicaria a quantidade de sódio, apenas para citar dois exemplos.

As tabelas nutricionais cumpriram um papel relevante de abrir a caixa preta dos alimentos, mas seu conteúdo é incompreensível pela maioria da população, principalmente nas regiões e países mais pobres.

A hipótese de uma iconografia específica e aplicável nas embalagens de alimentos, traduzindo simbolicamente os efeitos sobre o organismo é bastante promissora. Embora já se antevejam dificuldades para sua implementação, devido às legislações e normas ainda vigentes. Um desafio para a ANVISA.

14 de outubro de 2010

Escolhida a nova marca comemorativa dos 60 anos do CNPq


O concurso para escolher a logomarca comemorativa aos 60 anos do CNPq, a serem completados em 2011, acaba de divulgar o trabalho vencedor. Arnaldo da Silva Mota , de Belém do Pará, vai ganhar o prêmio de R$ 15 mil, a entrega do cheque vai acontecer dia 26 de outubro na sede do CNPq. Ao todo foram recebidas 182 inscrições com trabalhos oriundos de todo o país.

A comissão julgadora se reuniu no último dia 7, na sede do CNPq, em Brasília, constituída por cinco membros, dois indicados pela Associação dos Designers Gráficos (ADG), Cláudia Regina Ramalho El-Moor e Carlos Eduardo Meneses de Souza Costa; duas representantes da Associação para o Ensino do Design Gráfico no Brasil (AEND-BR), Ana Beatriz Pereira de Andrade e Adriana Valese e presidida pelo coordenador geral de Recursos Humanos do CNPq, Eduardo Barroso Neto.

Assessoria de Comunicação Social do CNPq
comunicacao@cnpq.br
(61) 2108-9414

2 de agosto de 2009

Informação utilissima


A sinalização interna do aeroporto de Bajajas em Madri inova ao incluir o tempo de deslocamento a pé dos passageiros, daquele ponto até os terminais, identificados por letras (K, J; H; M...).
Informação utilíssima quando se chega a um terminal e se deve sair por outro. Em um ambiente desconhecido, gigantesco, repleto de lojas o poder de dispersão é grande e o tempo entre os vôos em geral pequenos. Isso somado cria a possibilidade do passageiro perder seu horário se não souber o tempo de deslocamento entre um ponto e outro do aeroporto.

A foto pequena dificulta a visualização desta informação (clique na foto para ampliar) que é: H 30 min, J 23 min; K 30 min e M 16 minutos, que conferi com o cronômetro do meu relógio.

11 de março de 2009

Design gráfico - Respostas às perguntas do Jornal o Povo

Há alguns anos atrás o design era dividido em três grandes áreas; Design de produto; design gráfico e design de interiores. Esta denominação passou a ser adotada no Brasil a partir de um documento denominado “Carta de Canasvieiras” resultado e conclusões do Encontro nacional das escolas de design do Brasil realizado pelo LBDI em Florianópolis em 1989. Até então as denominações eram: Desenho Industrial, Programação visual e Decoração, que convenhamos eram um tiro no pé.

Hoje, transcorridos 20 anos todas essas denominações são obsoletas. De lá para cá o design se subdividiu em inúmeras especialidades. Apenas para citar algumas: webdesign,, design digital, ecodesign; fashion design; design estratégico, design management; design urbano; design social...

Neste amplo espectro de possibilidades o design gráfico teoricamente se ocupa da concepção e desenvolvimento de imagens ou sistemas de imagens, incluindo-se os projetos relacionados à imagem das empresas, também chamado de identidade corporativa, ou de modo mais amplo de “branding”, pelos publicitários que descobriram nisso um novo filão. Do mesmo modo o design gráfico abarca os projetos ligados ao desenvolvimento de sistemas de sinalização; interface design; design editorial; design de embalagens e tudo mais que tiver como suporte o universo bidimensional.

Quais são as oportunidades de trabalho?

Cada vez mais a mídia impressa cede lugar a mídia eletrônica. Disso se valeu Barack Obama para se eleger. Ao enveredarmos no novo mundo virtual quem deve se ocupar de criar as mensagens neste novo espaço? Aí talvez o design consiga enxergar uma nova janela de possibilidades de dimensões inimagináveis. Contudo, quem esta dominando, pelo ao menos provisoriamente, esta nova mídia no Brasil são os “micreiros” neologismo pejorativo para designar este exército de manipuladores de ferramentas digitais, pirotécnicos do flash, inocentes com relação ao compromisso com conteúdo, usabilidade e arquitetura da informação.

Onde aprender design?

Teoricamente o design deveria ser ensinado em escolas superiores que ensinassem os indivíduos a pensarem, a decodificarem informação, a interpretarem as necessidades, anseios e aspirações da sociedade. No entanto o que se vê (salvo algumas exceções) é um pulular de empreendimentos para-acadêmicos, puros caça níqueis, que se limitam a ensinar o uso das ferramentas. Fazendo um paralelo é como se os cursos de literatura se limitassem a ensinar datilografia ou caligrafia.

As universidades que atualmente oferecem cursos de design - para estarem em dia com a realidade do mercado, que se renova em uma velocidade cada vez maior - terão de rever seus mecanismos e projetos pedagógicos. Deverão buscar urgentemente formas de aprender e ensinar em tempo real, em um mundo em permanente processo de mudança.

Sem isso o ultimo aluno, em breve, vai sair e apagar a luz. Vai tentar aprender a fazer design por si próprio. Pois design somente se aprende projetando coisas reais para um mundo real.

27 de abril de 2008

27 de abril - Dia Mundial do Design Gráfico


Comemora-se neste domingo, 27 de abril o Dia Mundial do Design Gráfico. Esta data é celebrada desde 1995, por iniciativa do Icograda -International Council of Graphic Design Associations, e acontece no aniversário da fundação da instituição, que o descreve como “uma oportunidade para reconhecer o design de comunicação e o seu papel no mundo”, esperando que a rede internacional de associacões de designers gráficos “possa contribuir para um maior entendimento entre as pessoas e ajudar a construir pontes onde existam divisões e desigualdades”.
Diversos eventos, em vários países, estão acontecendo ou programados para acontecer neste domingo em comemoração ao “World Graphics Day“.

Cartaz de Ellen Shapiro