22 de outubro de 2012
15 de outubro de 2012
No design ou na vida a distância critica é necessária para validar nossas escolhas.
O mergulho profundo em uma ideia ou conceito permite descobrir
aspectos invisíveis ao primeiro olhar, detalhes que somente uma aproximação minuciosa
é capaz de revelar. A intimidade obtida pelo
trabalho e esforço de compreensão é compensada com um sentimento de satisfação
ou de conquista. A visão microscópica esconde as vezes uma armadilha que ofusca
a visão do todo e, ao invés de aprimorar nossa percepção da realidade limita a
abertura para outras possibilidades.
Seja qual for o objeto focal é necessário um afastamento
para visualizar sua verdadeira dimensão e importância. Como um pintor impressionista
que não busca mais a perfeição dos elementos com seus contornos nítidos, onde
a forma dos elementos passa a ser definida por manchas de cores puras em rápidas
e largas pinceladas e cuja composição somente pode ser apreciada a partir de certa
distância, a percepção critica é fruto do afastamento temporário.
Somente assim é possível revelar aquilo que a proximidade excessiva é
capaz de ocultar. Para isso é necessário se afastar daquilo que nos absorve, tomado
o
tempo e a distância critica necessária para ver com outros olhos aquilo que acreditamos
nos satisfazer.
Às vezes basta se afastar alguns minutos ou horas, outras
vezes dias ou semanas, para revelar a exata dimensão daquilo que estamos
fazendo, analisando, pesquisando, criando ou se deixando envolver.
Como em um retorno de uma longa viagem, com o espírito
renovado por novas experiências e o olhar não mais contaminado pela aproximação
excessiva com a realidade deixada para trás, temos mais segurança nas escolhas
feitas e nos caminhos escolhidos.
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