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15 de outubro de 2010

Jogos de empresas em empresas públicas?

O desafio de trazer “Jogos de Empresas” para empresas públicas reside primeiramente na diferença cultural. Nas empresas privadas se antecipar às mudanças do mercado é uma estratégia de sobrevivência, dos mais aptos e adaptados. Na empresa pública o planejamento nunca é de longo prazo. No máximo planos com a duração do calendário político. Contudo devemos pensar não nos próximos cinco, mas nos próximos cinqüenta anos, no mínimo. Uma urgente mudança nos padrões de consumo são um imperativo inadiável, pois a frágil capa de nossa bioesfera está prestes a chegar em uma zona de irreversibilidade. O lema “Pensar global e agir local”, prognosticado por Peter Drucker há mais de vinte anos ainda não faz parte do repertório de muitas empresas, privadas e públicas.

Tendo claro o objetivo social de uma empresa pública percebe-se que os compromissos assumidos são permanentes e deveriam ser internalizados por todos, para poderem ser praticados todo o tempo. Isso inclui a construção de cenários futuros, buscando soluções alternativas para os problemas potencialmente capazes de ocorrerem. Isto envolve a necessidade da existência de uma área permanente de planejamento, controle e avaliação, capaz de realizar estas tarefas.

Uma mudança de comportamento nas empresas públicas significa decidir pela meritocracia; fomentar setores emergentes e promissores como são as indústrias criativas; investir na capacitação contínua dos servidores, em todos os níveis, inclusive a possibilidade de fazer um mestrado e um doutorado “in company”. Um caminho curto para algumas e longo para muitas.

Porém como toda mudança, deve começar pela base, buscando o comprometimento e uma mudança de mentalidade. Menos o venha à nós e mais ao vosso reino. Afinal servidor é para servir. Uma idéia, uma causa, um país.

Quem sabe começando de modo lúdico o processo de envolvimento seja mais efetivo e menos custoso financeiramente. Adaptar os Jogos de Empresas para uma empresa pública é uma idéia que vale a pena ser tentada.

28 de julho de 2010

Algumas reflexões sobre design social, territorial e urbano – Um processo continuo.

O design social, como hoje entendemos, é a pratica projetual que considera a dimensão social como atributo indispensável e indissociável das soluções apresentadas.

A dimensão social opta pela intensidade de mão de obra ao invés da intensidade de capital; a geração de trabalho e renda para a população local; a diminuição dos níveis de pobreza e a inserção no mercado de pessoas em situação de risco.

Estes desafios se conseguem propondo produtos que privilegiem a produção que se apóia em recursos locais, principalmente as pessoas com seus talentos e habilidades.

O design social privilegia o produto artesanal ao produto industrial e ao fazê-lo incorpora outras dimensões ainda maiores, como necessidade de utilizar os recursos e insumos locais, o respeito à cultura e ao meio ambiente. A pequena empresa e a produção artesanal são os maiores demandantes do design na atualidade. Na economia da experiência são os bens simbólicos aqueles que oferecem as melhores perspectivas comerciais.

Isto implica necessariamente em uma mudança de atitude daquele que projeta que começa por ouvir as necessidades e desejos das pessoas. Preferir o durável ao descartável. O simples no lugar do complexo. Estimulando tudo aquilo que poupa no lugar daquilo que consome. Propostas atemporais em substituição às efêmeras.

Ao aproximar-se das comunidades produtoras de artesanato descortina-se uma visão mais ampla dos problemas locais, que não serão resolvidos apenas com a entrada de novos ingressos para a população local.

Problemas crônicos de moradia; saneamento básico; energia; transporte; segurança, entre outros, são fruto da ausência de planejamento urbano e de investimentos públicos fora das esferas de influencia política.

As ações de recomposição do tecido social e urbano que preservem e valorizem as vocações locais são primordiais para um desenvolvimento sustentável e legitimada quando as populações-alvo participam ativamente de suas formulações.

O planejamento estratégico participativo, por sua essência multidisciplinar e visão de futuro é a primeira ferramenta da qual se vale o design. Projetar um futuro possível e desejável para uma localidade, com base nas aspirações e desejos de sua população é a definição conceitual do design urbano e territorial.

Após estas definições de base o design, através de suas especificidades, responde diretamente pela proposição de novos equipamentos urbanos a partir das prioridades estabelecidas; do desenvolvimento de sistemas de informação e comunicação urbana e de uma oferta seletiva de produtos diferenciados e referenciados com a cultura local e se possível que possam receber uma certificação de origem.

E no final o que se tem para oferecer é um lugar bom para trabalhar e para viver.

20 de março de 2008

Palestra em Belo Horizonte - Design na Industria da Moda


Atendendo convite da Coopermoda – Cooperativa dos Mista dos Consultores de Negócios de Moda de Minas Gerais, feito através de sua diretora Heloisa Jardim, foi promovida em Belo Horizonte no dia 24 de abril, uma palestra com o tema: “Inovação e o Design na Industria da Moda”.

Os tópicos abordados foram do planejamento estratégico nas empresas do setor à necessidade do desenvolvimento de coleções que coloquem em evidência as especificidades e singularidades brasileiras que podem se transformar no ganho competitivo e no salto qualitativo indispensável para as industrias têxteis e confecções melhor se pocisionarem no mercado nacional e internacional.


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