25 de fevereiro de 2009

O designer solitário ou equipes criativas?

Não se trata somente de uma questão de custos. Esta pergunta remete a uma forma distinta de pensar a realidade do processo criativo em condições reais e em tempo real. Temo pela inserção solitária de um designer em uma comunidade artesanal. Esta é uma decisão cuja resposta prevê os resultados. O que será possivel aprender ao final do processo? Que tipo de produto artesanal disso resultará? O design autoral é sempre uma tentação para os designers. Talento e experiência são fundamentais para desenvolver um produto de sucesso, seja artesanal ou industrial. Talento para propor novas idéias e experiência para pensar em sua viabilidade. Um designer solitário, por mais competente que seja, terá um repertorio que será sempre autoreferente. Isso pode levar, mesmo inconscientemente, a propor formulas e soluções desenvolvidas por ele mesmo, em outros momentos e outros locais, colocando em risco a questão da base cultural como valor agregado diferenciador. É de fundamental importância dispor de meios e mecanismos que permitam uma interlocução criativa com outros designers, seja através de mecanismos tipo “oficinas criativas”, seja em ações de maior duração, acompanhando todo o ciclo de produção. Em ambos os casos é a diversidade e a pluralidade cultural dos participantes o fermento especial do processo criativo. Duas cabeças pensam sempre melhor do que uma e muitas, mais ainda...