12 de março de 2010

Edital de inovação para empresas brasileiras

Empresários de todo o País já podem procurar as unidades regionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi) em busca de informações sobre o Edital Senai Sesi de Inovação 2010, lançado no dia 10 de março durante a 6ª Olimpíada do Conhecimento, no Rio de Janeiro. O prazo para recebimento das inscrições vai de 11 de março a 30 de abril, a divulgação das propostas aprovadas será dia 9 de julho e a liberação dos recursos está prevista até dia 30 de setembro. A sétima edição do edital direciona R$ 15,5 milhões para o desenvolvimento de produtos, processos e serviços inovadores de empresas de todos os portes constituídas há pelo menos um ano.
Além dos recursos do Senai (R$ 8 milhões) e do Sesi (R$ 5 milhões), o Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), disponibilizará R$ 2,5 milhões em bolsas de desenvolvimento tecnológico para que bolsistas possam apoiar as empresas e as unidades regionais do durante os projetos. Desde a criação do edital, em 2004, 559 propostas foram apresentadas, das quais 132 foram aprovadas, movimentando recursos da ordem de R$ 45 milhões.
O aporte por proposta é limitado a R$ 200 mil, em caso de projetos em parceria com departamentos regionais de apenas uma das instituições, ou R$ 300 mil, se a proposta envolver unidades do Senai e do Sesi. O prazo máximo para a execução dos projetos é de 18 meses.

11 de março de 2010

Fábricas Sociais de Artesanato

Trata-se de um modelo de produção artesanal cuja divisão de trabalho é resultante da especificidade do processo e da habilidade de cada trabalhador envolvido. Este modelo deve ser capaz de produzir, de modo seriado, grandes quantidades de um mesmo produto artesanal com qualidade constante e atendendo a demandas corporativas, porém preservando as características singulares e as pequenas diferenças que somente a mão humana é capaz de propiciar.
Os produtos artesanais resultantes deste esforço coletivo devem estar relacionados com sua cultura de origem, possuírem valor estético, cultural e comercial elevado, gerando um melhor aproveitamento do tempo de trabalho e incremento do lucro dos artesãos que os produzem.
A palavra ”fábrica” define o modo de produção seriada. A palavra “social” implica em privilegiar a mão de obra residente próximo ao local de produção, sendo também participe nos resultados financeiros obtidos.

Na economia da experiência, os bens simbólicos ganharam posição de destaque estando relacionados com as demandas turísticas e à fenômenos sociais de valorização do patrimônio cultural. Os produtores ao identificar momentos, sensações e emoções que fiquem para sempre na memória das pessoas podem desenvolver uma oferta relacionada de produtos artesanais que sirvam como testemunho desta experiência. Os grandes eventos que atrairão ao Brasil milhões de visitantes (Copa do Mundo e Olimpíadas) exercerão uma forte pressão de demanda por produtos simbólicos culturalmente lastreados.
A atual oferta de produtos artesanais não corresponde às expectativas de um público de maior poder aquisitivo e mais exigente, sendo necessário uma diversificação e melhoria dos produtos desenvolvidos, agregando valor e colocando em destaque os elementos de diferenciação cultural.
Além disso, a forma como a produção artesanal está organizada fracionada em pequenas unidades de produção, não permite o atendimento de demandas corporativas ou de compradores atacadistas, sendo necessário uma nova forma de produção associada e que garanta alto nível de qualidade dos produtos oferecidos.