18 de dezembro de 2012

Balanço de fim de ano



Não tenho do que me queixar de 2012. Um ano de grandes mudanças, de cidade, de trabalho, de estilo de vida.
Desde agosto que estou oficialmente aposentado, pelo CNPq. Cumpri minha missão, como atualmente está na moda dizer.  Foram 35 anos de contribuição à previdência, sendo que 15 destes anos licenciado tentando viver como designer e consultor autônomo. Feliz decisão que me abriram portas e horizontes. Com mais experiência voltei no final de 2009 para Brasília e tive a sorte de poder colocar em prática novas ideias de administração com inovação.
Dediquei o primeiro semestre de 2012 a duas grandes tarefas: concluir os projetos iniciados no CNPq e praticar o desapego já que os vínculos que se estabeleceram no trabalho e na vida social serão rompidos pelo tempo e pela distancia.
O retorno à Ilha no inicio do segundo semestre foi um novo recomeçar. Finalmente havia tempo para mergulhar em outra dimensão da prática cultural. Assim desenvolvi a proposta de um Sistema de Certificação para as Cidades Criativas Brasileiras; um sistema de curadoria dos produtos de arte popular e artesanato para o Projeto Brasil Original e o Termo de Referencia sobre Economia Criativa. Três exercícios intelectuais, referenciados nas experiências vividas e colhidas em escala global.
O prêmio autoimposto pela conclusão destes trabalhos foi um mergulho em um dos garndes berços da cultura conhecendo parte da Croácia e da Grécia, e revendo velhas paisagens e velhos amigos na velha Europa. Viagens são para mim parte do processo de aprendizagem e também para adquirir um pouco de distancia critica naquilo que se estava antes envolvido.
Para fechar o ano “comme Il faut”  retomei um velho hábito há quatro décadas abandonado. O de levantar da cama e me sentar diante de um cavalete de pintura, e tendo ao fundo o cantar dos Bem-te-vis que fizeram ninho no meu telhado.
Desde julho um novo sorriso ilumina a família e novas esperanças se desenham para todos nós.
Foi um feliz 2012. Que assim seja 2013.