28 de janeiro de 2010

Indústrias Criativas

Conceito
As Indústrias Criativas são definidas como aquelas que têm a sua origem na criatividade, competências e talento individual, com potencial para a criação de trabalho e riqueza através da geração e exploração da propriedade intelectual.

Categorizações

Compõe o segmento das industrias criativas os empreendimentos relacionados com: Arquitetura; Arte digital; Artesanato; Design; Cinema e Vídeo; Moda; Música; Publicidade; Software, Rádio e Televisão.

Antecedentes

Esta categorização é recente sendo que o primeiro organismo a tratar formalmente do tema foi o Departamento de cultura, mídia e esportes do Reino Unido, em 1997, com a criação de uma unidade e força-tarefa especifica.

Atualmente a UNESCO abriga em sua estrutura o departamento das Industria Criativas com expressivas ações em todo o mundo.

No momento que as agencias de fomento destacam a importância da inovação como estratégia para o incremento da capacidade competitiva das empresa, é o momento de se pensar em uma nova estrutura que contemple estes setores, em virtude sobretudo da transversalidade inerente às mesmas.

25 de janeiro de 2010

A IBM e o futuro das cidades

A IBM acaba de publicar a edição anual “IBM Next 5 in 5", que em 2010 traz as cidades como foco. Partem da constatação que o mundo passa por um processo de urbanização sem precedentes. Aproximadamente 60 milhões de pessoas mudam para os grandes centros a cada ano, cerca de um milhão por semana. Especialistas estimam que a população mundial vá dobrar até 2050.
Com base em projeções, tendências e tecnologias emergentes de seus laboratórios e centros de pesquisa em todo o mundo a IBM aponta as transformações que podem ajudar a melhorar significativamente a qualidade de vida nos centros urbanos.

1. As cidades serão mais saudáveis
Veremos uma “Internet da saúde” emergir, onde informações médicas anônimas, contidas em registros de saúde eletrônicos, serão compartilhadas com segurança para impedir a disseminação de doenças e manter as pessoas saudáveis. A IBM já trabalha com organizações do mundo inteiro como, por exemplo, o projeto de segurança e saúde global da Iniciativa de Ameaça Nuclear (NTI) e o Consórcio do Oriente Médio de Vigilância de Doenças Contagiosas (MECIDS) para padronizar métodos de compartilhamento de informações de saúde e análise de epidemias de doenças contagiosas.

2. Construções urbanas serão como “organismos vivos”
Milhares de sensores dentro das construções irão monitorar desde o movimento e temperatura até umidade, ocupação e luz. O prédio não apenas coexistirá com a natureza – ele fará uso dela. Esse sistema permitirá reparos antes que alguma coisa quebre, com unidades de emergência respondendo rapidamente com os recursos necessários. Além disso, consumidores e proprietários irão monitorar seu consumo de energia e emissão de carbono em tempo real, tomando medidas para reduzi-lo. O Hotel China Hangzhou Dragon, por exemplo, escolheu a IBM para construir um sistema de gerenciamento de hotel inteligente, instrumentado tecnologicamente e interconectado.

3. Carros e ônibus urbanos vão circular sem combustível fóssil.
Carros e ônibus urbanos deixarão de depender de combustíveis fósseis. Os veículos começarão a utilizar novas baterias que serão recarregadas de acordo com a freqüência de uso. Cientistas e parceiros da IBM estão trabalhando para desenvolver baterias que tornarão possível para veículos elétricos viajarem até 800 Km com uma única carga. Além disso, redes inteligentes em cidades podem permitir que carros sejam recarregados em locais públicos e usem energia renovável, como a eólica, para recargas, evitando a dependência de usinas a carvão. Isso reduzirá emissões e ainda minimizará a poluição sonora. A IBM e o consórcio de pesquisa EDISON, da Dinamarca, estão desenvolvendo uma infraestrutura inteligente para permitir a adoção em larga escala de veículos elétricos alimentados por energia sustentável.

4. Sistemas inteligentes economizarão água e energia
As cidades perdem até 50% da água tratada em virtude das deficiências de infraestrutura, com vazamentos. Além disso a demanda humana por água deve crescer seis vezes ao longo dos próximos 50 anos. Tecnologias avançadas de purificação ajudarão cidades a reciclar e reutilizar água localmente, reduzindo a energia usada para transportá-la em até 20%. Medidores e sensores inteligentes serão integrados em sistemas de água, energia e esgoto, fornecendo informações precisas e em tempo real sobre o consumo, permitindo tomar melhores decisões sobre como e quando usar esse recurso e evitar a contaminação de rios e lagos.

5. As cidades serão capazes de prever situações de emergência
A IBM já atua junto a organizações policiais para analisar a informação correta no momento certo e assim permitir que tomem medidas proativas para evitar o crime. O Departamento de Combate a Incêndio da Cidade de Nova Iorque escolheu a IBM para construir um sistema para coleta e compartilhamento de dados em tempo real, a fim de evitar incêndios enquanto protege os bombeiros. A companhia também está desenvolvendo sistemas inteligentes de barragens para proteger cidades de inundações devastadoras.

Fonte: Blog de Cláudia Amaral

21 de janeiro de 2010

Roteiro de viagem da pesquisa identitária para o projeto Talentos do Brasil

30/01 a 02/01 Sauipe (Bahia). De 03 a 05/02 Alagoa Nova (Paraiba) 05/02 João Pessoa. 06/02 São Luis. De 08 a 11/02 Barreirinhas (Maranhão).

O objetivo deste trabalho é testar um modêlo de Identificação (através de uma escuta sensível) do repertório simbólico e afetivo das artesãs para a construção de um painel de singularidades culturais que sirva de referência ao desenvolvimento de novas formas de expressão e de representação coerentes com a identidade local.

20 de janeiro de 2010

Memória Institucional

Diz o ditado “os homens passam, mas as instituições ficam”. No entanto são as pessoas que fazem à história. O sucesso de uma instituição é o resultado do esforço, da determinação e do compromisso de seus dirigentes e de seus colaboradores. A maioria das instituições preserva apenas, e timidamente, fragmentos dos momentos solenes, na forma de fotos, vídeos ou depoimentos. Pouco ou nada fica registrado do esforço cotidiano, muitas vezes anônimo, daqueles que fazem com que o todo o sistema funcione. No entanto a eficiência de qualquer sistema depende da quantidade e da qualidade da energia nele empregada. E, a energia que move os seres humanos em sua busca de superação é a motivação. Sem motivação as pessoas apenas cumprem as tarefas que lhes foram requeridas. A motivação é que cria a espiral virtuosa.
Para muitos é o reconhecimento, mais do que os ganhos financeiros, a verdadeira chave da motivação que faz com que as pessoas trabalhem de modo eficaz e criativo. E o reconhecimento começa pelo conhecimento daquilo que foi feito. Sem o conhecimento da história pessoal e particular de cada individuo as instituições perdem seu lado humano. Os acervos da memória institucional devem incluir modos de documentar a trajetória individual de seus colaboradores. Não um banco de currículos, mas uma rede social interna feita de depoimentos autênticos e sensíveis.

Memórias do Brasil

Um produto, qualquer que seja, possui um vínculo com uma cultura seja de origem seja de destino. O artesanato diferencia-se do produto industrial precisamente por ser fruto de um saber e de um fazer local, diferenciado e exclusivo.
Ao fazer uma reflexão sobre as origens e destinos de cada comunidade como guia norteador para o desenvolvimento de novas ofertas de produtos e serviços, revela-se a riqueza da diversidade cultural brasileira. Ao mesmo tempo percebe-se a necessidade de desenvolver e oferecer produtos atemporais, com um ciclo de vida mais longo no mercado. Isso implica na criação e proposição de elementos não transitórios, mais arraigados à cultura local.
Memórias do Brasil é uma forma de posicionamento mercadológico coerente com as demandas, expectativas e tendências internacionais, que tendem a se ampliar de modo exponencial nos próximos anos, motivadas em parte pela realização no país de grandes eventos esportivos mundiais. Não se trata de reafirmar a utilização simplória de estereótipos generalistas, mas difundir os elementos singulares do imenso caleidoscópio cultural Brasileiro.

19 de janeiro de 2010

AVATAR

É fácil não gostar de Avatar. Basta ir para o cinema de mau humor querendo descobrir alguma coisa pr botar defeito. Ai vai ficar "mareado" logo no princípio. Vai criticar o discurso ambientalista. Vai procurar defeito no roteiro ou na virtuose tecnológica. Bobagem! O filme é deslumbrante. As florestas de Avatar alucinantes. As montanhas suspensas instigantes. E, a qualidade visual estabelece um novo padrão de qualidade. O que mais me impressionou foi o balançar da grama na aproximação dos helicópteros. A turma do cinema vai ter de rebolar para fazer igual, ou melhor, daqui pra frente. Para mim o cinema é isso. Pura diversão. Encantar, fazer pensar.

9 de janeiro de 2010

Brasilia 50 anos


Julho de 1967. Amanhecia o dia e pela janela do ônibus prateado da Viação Cometa, à caminho do Araguaia, fui apresentado ao cerrado. Árvores tortuosas, paisagem árida, quase opressiva para quem estava acostumado ao verde das montanhas de Minas. Pouca coisa pude ver de passagem pela nova capital do país. Da esplanada dos Ministérios subia um poeirão. Na Catedral apenas o esqueleto de concreto e da torre de televisão vi uma cidade brotar do chão.

Julho de 1981. Da janela do meu apartamento fotografei a solidão das superquadras, cuja grama nova era riscada pelas pessoas que escolhiam um caminho mais curto desrespeitando o traçado original. Durante cinco anos convivi com esta nova geografia urbana, geométrica, rigorosa, funcionalista. Um sentimento de transitoriedade costurava as relações sociais. Gente nova, vinda de todas as partes do país, deixando para trás família, histórias e passado para construir um futuro.

Janeiro de 2010. Da janela do apartamento não vejo os vizinhos. Somente a copa das arvores que camuflam os prédios. Abaixo jardins exuberantes, tropicais, exóticos. Brasília virou uma cidade verde, verdadeira. Famílias numerosas, com três gerações a mesa, almoçam sob a sombra das árvores. A mistura social é visível nas pessoas. E o lago, antes um inóspito espelho d`água é agora um espaço de lazer e contemplação.

A cidade mudou, eu mudei, e me mudei de novo pra cá. Vamos ver no que vai dar...

5 de janeiro de 2010

De volta para o futuro



Desde ontem estou novamente em Brasília na condição de residente fixo, embora ainda sem uma residência fixa. De acordo como a “lei do eterno retorno” voltamos sempre ao ponto de partida, nem que seja para rever as coordenadas que escolhemos para seguir em direção ao futuro. Vinte e dois anos depois de ter partido volto com a disposição de recomeçar, reaprender, reconhecer, reconstruir e refazer tudo aquilo que julgo importante e que de certo modo ficou incompleto, esquecido ou perdido pelo caminho. Volto com as baterias físicas e mentais recarregadas depois de trinta dias de férias irretocáveis, que consegui cumprir a risca tudo que havia planejado inclusive a descoberta de novos amigos, dentre eles Eduardo e Mônica, que como na música são dois opostos que se completam. Desfrutei um tempo precioso junto de minhas filhas e netos. Fui à praia mais que em todos os verões passados e pensei muito. Trago comigo novos projetos, novas idéias e novos desafios. Com esta disposição e ânimo renovado pretendo investir parte do meu tempo em ações cuja dimensão cultural e social sejam relevantes e coerentes com as coisas que faço. Coroando tudo isso a firme certeza que tudo vai dar certo. Assim seja!