Pensamento divergente é aquele que permite gerar ideias de modo radial, não linear, com multiplicação exponencial de possibilidades.
Dois conceitos que quando se juntam caracterizam os indivíduos, ou empresas, superdotados de inteligência criativa, motor da nova economia.
São raros estes indivíduos? Uma pesquisa feita com 1.500
crianças de 5 anos mostrou que 98% delas tinham essa característica, que
infelizmente foi sendo perdida com o tempo. A causa disso? O processo
educacional que obriga o indivíduo a desenvolver o pensamento linear,
cartesiano, previsível.
O processo do pensamento divergente parte de um problema.
Sem um problema não existe porque mudar de posição, tempo ou lugar. Cada problema aponta para um complexo numero
de perguntas onde cada resposta pode apontar diferentes direções. Para cada resposta, ou ideia, existe sempre uma ideia em
oposição. Destes dois extremos surgem outras possibilidades, que vão
identificado ângulos novos e ainda não vistos do problema inicialmente
colocado. Essa forma de pensamento gera uma enorme quantidade de alternativas
de soluções, algumas delas não usuais, inesperadas, revolucionárias. O pensamento divergente se estimula diante da possibilidade de descobrir os lados não aparentes ou ainda não revelados de um problema. Eliminar o óbvio e escolher o caminho oposto para encontrar novas pistas. Como em tudo é necessário um ambiente propício, com estímulos positivos, para que este processo se realize. As empresas e instituições da nova economia criativa possuem traços característicos comuns. São ambientes que apoiam, e apostam, na criatividade.
Esses ambientes são espaços de troca de ideias, por
indivíduos que aportam diferentes experiências, conhecimentos e visões, em
busca de um objetivo comum. A aparente ausência de regras tradicionais, tais
como estações individuais de trabalho, horários de expediente fixos e hierarquias
verticais demonstram outro modo de administrar os talentos. Esse modelo de gerenciamento,
adotado no Laboratório Brasileiro de Design seguia os mesmos princípios ideológicos
e filosóficos praticados pelo grupo de design do CETEC, nos anos setenta.
No LBDI as condições propiciavam um convívio intenso entre todos os mebros da equipe, fixos ou transitórios. Os espaços de trabalho e os espaços de moradia no mesmo lugar e uma tradição de
acolhimento festivo de todos que chegavam e partiam os elementos diferenciais no modo de trabalhrar e de viver. Designers de todo o mundo trabalhando juntos
no desenvolvimento de um novo produto, com todas as limitações linguísticas
possíveis, conseguiam propostas a frente de seu tempo. Em dez anos mais de duzentos professores e conferencistas,
dos cinco continentes, participaram em memoráveis eventos, trazendo novas ideias,
métodos e visões, em um processo continuo de aprendizagem coletiva. Contruiu-se assim uma rede de relações internacionais que deu sustentação aos eventos que marcam uma época. Fomos os primeiros a realizar
e documentar uma experiência de design social no Brasil e de aplicar o discurso
das tecnologias sociais e seus vínculos com a cultura. Estas eram, em sua época,
formas divergentes de se pensar e praticar o design.
Hoje, com o surgimento de empresas absurdamente criativas,
que geram produtos que revolucionam o comportamento humano, como é o caso da
Google, é bom dar uma olhada em suas instalações e formas de trabalho. Eles
devem estar certos. Sobre esse assunto recomendo esse vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=DA0eLEwNmAs&feature=youtu.be&t=1s
Olá Eduardo. Encantei-me com seu blog e postagens no facebook. Sou enfermeira, especialista em envelhecimento humano e com algumas experiencias tb fora do Brasil. Tenho muita vontade de desenvolver equipamentos que possam minimizar os limites impostos pela idade. Gostaria que vc conhecesse meu site: www.zulmiraelisavono.com.br. Será uma grande alegria poder conversar mais com vc e parabéns por todo seu conteudo. Abraço
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