28 de março de 2009

Floripa – Imagem da Cidade


Pensar a cidade no ano 2030. Este é o desafio lançado pela Associação FloripAmanhã. Antes de levar minhas idéias para o próximo encontro nesta segunda-feira resolvi compartilhá-las com vocês, na expectativa de algum comentário.

Antes de tudo acredito que pensar o futuro é a primeira tarefa para construí-lo e ele poderá ser do tamanho e do modelo que formos capazes de conceber. Para projetar um futuro possível e desejável para uma cidade é necessário conhecer suas vocações e necessidades. As vocações são ditadas pela cultura formadora e os recursos naturais disponíveis. No caso de Florianópolis a Cultura Açoriana que a tudo permeia, influenciando a própria dinâmica da cidade, no modo de ser dos nativos. Por necessidade entendo como tudo aquilo que será necessário para dar qualidade de vida a quase um milhão de pessoas.

Nada disso rima com verticalidade, condomínios fechados, shoppings (exigências do poder econômico). Jurerê, por exemplo, é como um enclave asséptico, multicultural, cosmopolita, meio Miami, dizem.

Floripa é uma cidade despojada, descontraída, informal. Assim deveria refletir sua arquitetura, seu desenho, sua expansão.

Uma imagem de Floripa sempre estará associada ao mar, afinal os açorianos são pescadores. Esse mar que no passado era um cúmplice oferecendo trabalho e isolando uma ilha, hoje é apenas um atrativo turístico, um espaço de lazer. Explorar os recursos do mar, introduzir e fomentar o transporte náutico, expandir a maricultura, para mim são os novos desafios que devem estar associados a esta imagem de futuro. Uma cidade que se mantém com suas próprias pernas.

Minha imagem de futuro é Uma cidade inteligente e sustentável, em todos os sentidos, social, cultural, econômica e ambientalmente responsável.

Os elementos formadores desta mudança estão presentes, seja por conta da inteligência existente, seja pelo desejo de preservação ainda mais acentuado nos novos habitantes. Esta é a única defesa contra a especulação que vende simulacros, culturalmente dependente, socialmente injusta e economicamente concentradora.

Um comentário:

  1. Estou 100% de acordo com o seu pensamento, mas eu reforçaria o lado ecologico, de exploraçao consciente dos recursos naturais da cidade, propondo um enfoque ecoturistico. Professionalizar o que hoje em dia é feito de modo amador e um tanto hippie....
    E so pra continuar viajando um pouco na maionese, outro dia tive uma ideia legal pra atrair turistas interessados em turismo cultural, fazer no aterro do saco grande um grande museu, projetado por um grande arquiteto, que tenha como tema a agua, em todos os seus sentidos, e a importancia desse recurso pra cidade, que é uma ilha cercada de mar, que tem duas grandes lagoas e dezenas de cachoeiras, que esta tambem na rota de migracao das baleias e das tainhas.... etc etc
    existem muitos museus desse estilo na suiça, inclusive tem um na beira do lago com uma tematica parecida, com uma cenografia interativa e moderninha.....
    pense nisso

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