6 de abril de 2008

cultura e Identidade empresarial

Tal qual um indivíduo, uma empresa necessita ser identificada, reconhecida e lembrada por suas características singulares, principalmente seus produtos e serviços. Perder ou não possuir estas características próprias de identificação significa desaparecer no mercado, tragada por uma concorrência cada vez mais acirrada que tudo faz para marcar presença no coração e na mente dos consumidores.

Conquistar um espaço na memória dos seus clientes tem sido o grande desafio das empresas inteligentes. Quanto mais fortes e memorizáveis forem seus elementos de identificação, e de seus produtos, maior será à força de sua penetração e permanência no mercado. Esta identidade deve ser trabalhada em sua integralidade. Isto requer uma decisão superior, um entrosamento entre equipes e setores da empresa e principalmente de pessoal especializado que possa conduzir um “programa de design total” cuidando ao mesmo tempo da coerência entre a marca e suas aplicações, o site, os produtos, as embalagens, à publicidade, os pontos de venda, até a apresentação pessoal das pessoas que entrarão em contato direto com o público.

As empresas conscientes da importância dessa diferenciação qualitativa buscam criar e desenvolver produtos que possam ser identificados pelos consumidores, independente de portarem, ou não, de modo visível, sua marca. A busca deste estilo singular, único e exclusivo é a grande aspiração de qualquer empresa que produz e comercializa bens simbólicos. Os aparelhos de som da Bang & Olufsen; os relógios da Swatch, os equipamento de cozinha da Alessi, são apenas alguns bons exemplos de empresas que souberam posicionar sua imagem no mercado.

Uma análise atenta do que ocorre nos mercados mais dinâmicos, apontam para uma polarização do consumo, confirmando as previsões e tendências. De um lado ficam os produtos e serviços de classe mundial, com padrão de qualidade superior. Do outro lado estão os produtos de expressivo conteúdo temático e forte identidade cultural. As empresas que permanecem entre os dois extremos, querendo agradar a todos, na verdade agradam a muito poucos já que quase ninguém deseja produtos híbridos, medíocres e indefinidos.

A proposta é redirecionar o olhar para dentro de si mesmo, buscando na própria cultura material e iconográfica, e com a colaboração de artistas e designers sensíveis, estabelecer as bases conceituais para a criação de novos produtos. Nosso passado pode servir de referência e inspiração para o presente e não como um impedimento para a conquista de uma vida melhor e mais confortável. E o preço a ser pago não tem de ser, necessariamente, o esgotamento dos recursos naturais ou o desaparecimento de culturas seculares. Como afirma Peter Drucker; “o equilíbrio de uma sociedade está em sua capacidade de compatibilizar tradição com modernidade, passado com futuro”

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