Costumo classificar as cidades do futuro em três grupos: A
sonhada, a possível e a provável, fruto das escolhas que fizeram seus
dirigentes e por sua população.
A cidade sonhada é aquela que oferece qualidade de vida a
todos os seus habitantes, que se traduz no aprovisionamento satisfatório dos
serviços essenciais (água, luz, esgoto, comunicações, transporte, segurança,
saúde e educação), mas também em oferta de trabalho e oportunidades para o
empreendedorismo, tudo isso preservando o meio ambiente e valorizando a cultura
e a história. Os recursos financeiros e humanos existentes são utilizados de
modo ético, responsável e transparente.
A cidade possível é aquela que aspira ser um dia a cidade
sonhada e se empenha em sua transformação, começando pelo desejo político de
mudança compartilhado por todas as forças vivas da sociedade. Para isso
planejam o futuro e investe em projetos que vão além do calendário político.
Oxigenam suas instituições convocando colaboradores por seu mérito técnico e
não por interesses fisiológicos ou corporativos.
Uma cidade provável é aquela que aposta na continuidade das
ações e escolhas do passado e em nome dos interesses de minorias preserva as
estruturas de poder.
Em qual dessas cidades vivemos?
Uma Cidade Possível e Criativa.
A economia do terceiro milênio aponta para áreas cuja
capacidade criativa gera novos produtos e serviços que veem ao encontro das
aspirações e desejos das pessoas. Nelas estão inseridas a arquitetura, o
design, a moda, a música e a mídia. Mas também as artes, o artesanato, a
gastronomia; os softwares; o turismo. São setores de baixo impacto ambiental,
relacionados com a cultura e geradores de melhores oportunidades de
trabalho. Esses setores, antes segregados e pouco apoiados, representam hoje 7% do PIB do Brasil e em algumas cidades um
percentual muitíssimo maior na formação do produto interno local.
Neste momento que 5.565 prefeitos começam seus mandatos, em
especial os 200 prefeitos das cidades entre 100 e 500 mil habitantes, é o
momento de fazerem suas escolhas sobre o futuro que aspiram. Seria oportuno que considerem
o potencial de desenvolvimento existente nos segmentos ditos da economia
criativa em seus municípios, cuja importância foi percebida pelo Governo
Federal demonstrada com a criação da Secretaria da Economia Criativa no âmbito do Ministério da Cultura,
em julho passado, que estabelece uma política de governo para o setor, com
ramificações em uma dezena de Ministérios.
O Programa Brasil Criativo, que está
pronto para ser lançado, é o pano de fundo deste movimento irreversível da sociedade
em direção ao estímulo da inteligência e capacidade inovadora
brasileira.
Leia também: http://eduardobarroso.blogspot.com.br/2012/03/como-ser-uma-cidade-criativa.html
Leia também: http://eduardobarroso.blogspot.com.br/2012/03/como-ser-uma-cidade-criativa.html
Olá Eduardo... bom dia!!!!
ResponderExcluirSou artesão e estou na presidente da Associação Calunga de Artesãos - São Vicente / SP, faremos no próximo dia 19/01 um fórum de artesanato e associativismo em nossa cidade. Estava buscando na internet parceiros e artigos... e descobri o seu blog.
Parabéns... e espero poder trocar idéias e experiências futuramente.
Estamos praticamente engatinhando... temos apenas 6 meses de idade e queremos muito crescer e nos aprender.
nosso endereço eletrônico é:
artesaoscalungas@hotmail.com
Um abraço
Débora Silva
Muito bom! Se tiramos o sonho da esfera do 'impossível porque ~e sonho' e admitimos que existe uma possibilidade para ele acontecer, saimos da zona de conforto e agimos (execucao de açoes concretas ), agregando valor ao processo que transforma o sonho em realidade. Não é fãcil não. Tem que ter muita CORAGEM para não desanimar e retroceder...
ResponderExcluirNo caso das cidades, com os políticos que temos então!