2 de julho de 2011

Um novo olhar (design da fotografia)

Existem coisas que de tão vistas não são mais enxergadas. O desenho da cerâmica do piso, de um lugar qualquer que entramos, não consegue ser descrito pela maioria das pessoas, se pedirmos a elas que o façam. Este exemplo se aplica a maioria dos objetos que nos cercam. Estamos cada vez mais submetidos a uma profusão incontrolável de produtos e mensagens, cada uma com seu apelo e história. O excesso de oferta e de informação tem como subproduto a indiferença das pessoas a tudo aquilo que é banal, comum, cotidiano.

Essa mudança comportamental permite duas reflexões. De um lado é o banal, o singular, o cotidiano, o despercebido (pois incorporado a realidade) é que tem valor como produto cultural de um determinado contexto, tempo e lugar. Revelar esta realidade é um desafio, cujo produto é sua valorização por aqueles que não a percebiam.

Por outro lado nosso cérebro está permanente direcionado a perceber o novo.
Registra somente aquilo que surpreende e emociona. Busca permanentemente avançar além dos limites do conhecido. A inovação se transformou na arma estratégica das civilizações.

A idéia de somar as virtudes de casa uma dessas duas vertentes é o desafio.
Inovar tendo a cultura como pano de fundo, aqui entendida, como sendo a janela por onde olhamos o mundo e o mundo nos percebe.

jogos internos

2 comentários:

  1. Eduardo!
    Precisamente es en esas dos mirada de la cultura, la sigular y la que sorprende, que se encuentra el espacio para el diseño, para que luego sea "otro" quien anuncie que se trata de una innovación. La innovación no se decreta, se desarrolla, para que nuevamente forme parte de esos objetos que miramos.
    Saludos,
    Ignacio

    ResponderExcluir
  2. Tem sido prazeroso ler suas reflexões que falam da simplicidade das coisas,resgata conceitos, traz a tona a explicitação do cotidiano e revelam o desafio inovador diário que é a realidade.

    ResponderExcluir

Obrigado por deixar seus comentários.