13 de fevereiro de 2011

Imagem – identidade – design.

Em uma sociedade dominada cada vez mais pelos meios de comunicação, a imagem de uma empresa (ou de uma pessoa) está sujeita ao julgamento público em virtude de suas atitudes e das opiniões que sobre ela são divulgadas. O conjunto de externalidades (ou de interfaces) de uma empresa (ou individuo) junto ao mercado (ou sociedade) é que desenhara uma imagem e definirá uma identidade.

A Imagem de uma empresa é fruto das sensações e percepções que as pessoas têm dela, construída pela qualidade dos produtos ou serviços que oferece e complementada por todas as formas e meios de comunicação utilizados. Assim a publicidade, a identidade visual, o ponto de venda, a apresentação, a embalagem, o atendimento ao consumidor ou cliente, tudo isso deve trazer uma coerência e traduzir uma mesma mensagem ou conceito único.

De nada adianta investir milhões de reais em publicidade se a operadora de telemarketing desta empresa nos importuna em horas indevidas; se o atendimento ao consumidor é rude ou descortês, se serviço pós-venda não funciona; se o comportamento da empresa com relação aos novos compromissos socioculturais e ambientais deixa a desejar.

Ao conceber um produto ou serviços é indispensável pensar nas necessidades, desejos, carências e expectativas das pessoas, lembrando quais são os valores que defendem e quais práticas abominam.

O ordenamento coerente destas interfaces da empresa com o mercado é a tarefa que a gestão do design propõe solucionar. Traduzir em imagens e momentos o que esta empresa tema dizer ao seu público-alvo.

Assim somos nós em nossa individualidade. Podemos fazer o mesmo paralelo para antecipar o julgamento que as pessoas farão de nós. Nossa forma de vestir (nossa embalagem) e a nossa forma de se comportar desenharão na cabeça das pessoas uma imagem (identidade) que colarão junto com nosso nome. Se esta imagem poderá corresponder ou não a realidade é a tarefa que temos de pensar todos os dias.

Os grupos humanos definem valores éticos e morais que estabelecem os limites para o que é bom e desejável (visando à felicidade de todos), cujas fronteiras, cada vez mais tênues, dão liberdade para que as pessoas assumam suas atitudes, mesmo que extremas, porém cada uma com seus ônus e seus bônus.

Nossa individualidade se manifesta em nossas escolhas, que sempre possuem conteúdo e intenção, que por sua vez definirão uma imagem e uma identidade.
Somos aquilo que pensam sobre nós.

A idéia de um permanente autoredesign é bastante atraente.
Certa vez li um poema que justifica esta proposta ao afirmar que “conseguimos ser diferentes de nós mesmos duas horas depois”, já que toda experiência de certo modo nos afeta, e nos altera, para melhor ou para pior.

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