17 de março de 2008

Quanto vale um produto?

O valor de um produto pode ser resumido como a quantidade de dinheiro que um consumidor está disposto a gastar para adquiri-lo - que deve ser proporcional ao beneficio que isso poderá trazer - principalmente se isto atender satisfatoriamente suas necessidades ou desejos.


Até alguns anos atrás o valor de um produto era calculado somando-se os custos fixos, uma parcela dos custos variáveis e a expectativa de lucro de quem o produzia. Esta fórmula hoje não funciona mais. Atualmente os produtos valem pela quantidade de informação e inteligência que por detrás dele existe. Assim, quanto maior foi à quantidade e a qualidade do conhecimento necessário para desenvolvê-lo maior poderá ser seu valor de mercado. Por esta razão certos produtos têm um preço tão elevado, tais como medicamentos e equipamentos eletrônicos.

Para se definir o preço de um produto ou serviço é necessário dimensionar a experiência proporcionada em seu uso ou fruição. Um cafezinho, uma cerveja ou um refrigerante que deveriam custar 1,5 euros, em qualquer bar da Europa, podem ter seu preço variando em função do lugar onde são servidos. Na Praça de São Marcos em Veneza ou nos Champs Elysées, em Paris, podem custar até 10 vezes mais pois o preço que está sendo cobrado é pela experiência de estar sendo servido neste lugar. O que vale é o momento vivido e não o produto em si.

Alguns produtos possuem além de seu valor intrínseco - determinado pelas razões acima expostas - também um valor agregado determinado pela motivação da compra. Uma data importante, um momento inesquecível, um desejo irresistível, são alguns dos principais motivos que definem a compra de um bem perene como uma jóia, uma obra de arte ou uma simples lembrança. Este valor afetivo, impossível de ser medido pelo mercado, cresce com o tempo, porém dificilmente pode ser repassado para um outro futuro comprador.

Outro fator importante na definição do preço de um produto ou serviço é o valor intangível da empresa que os produz.Quanto maior for o prestígio daquele que fabrica ou que comercializa, a segurança e confiança que proporcionam, e a cumplicidade com seus clientes, maior será a possibilidade que a decisão do consumidor ao comprar seus produtos não será o preço, mas a satisfação que os mesmos proporcionam. Os produtos com design, bem projetados, práticos, úteis e além de tudo bonitos, custam mais pois seu preço foi determinado pela qualidade da inteligência necessária para sua criação. Os consumidores conscientes sabem disso.

Por esta razão o século XXI está sendo considerado por alguns como a “sociedade dos bens simbólicos”, onde o mais difícil não é satisfazer os clientes e consumidores mas cativá-los com boas surpresas e conquistá-los para sempre.

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